8 de set. de 2014

Dia do Psicólogo - 27 de Agosto

Dia do Psicólogo - 27 de Agosto 

Apesar de não ter postado no dia do Psicólogo... Não poderia deixar de falar desta data que é tão importante para os profissionais psicólogos, pois foi nesta mesma data, no ano de 1964,que a profissão foi regulamentada aqui no Brasil através da Lei 4.119/64. 
Deixo um lindo texto para reflexão de todos os psicólogos e futuros profissionais psicólogos em desenvolvimento (Como diz a nossa coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade dos Guararapes, Manuela Malta).


"Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.

Não apenas isso, é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar, 
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio. 
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação 
de que temos instrumentos capazes de 
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas 
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,
ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem. 
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,
sejam segredos que me acompanhem até o fim. 

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de
ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que 
não tinha com quem contar para dividir sua solidão, 
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir
que isso só começa quando a gente consegue 
realmente se conhecer e se aceitar."


Walmir Monteiro (psicólogo, escritor, mestre universitário no RJ)        

Espero que tenham gostado!
Beijokas :*                                           

A fase do desenvolvimento humano: Adulto-jovem

Hello pessoal!

Depois de um trabalho maravilhoso que eu e meu grupo apresentamos sobre o comportamento do adulto na década de 80 e as influências que eles sofreram nessa década, senti necessidade de falar um pouco mais sobre a fase do desenvolvimento humano: Adulto-jovem, justamente essa fase que tentei abordar ao mostrar um pequeno trecho do filme mais comentado no ano de 1985: Curtindo adoidado(super indico que revejam pois de tão conhecido não acredito que não tenham visto nas “telinhas”), porém, infelizmente o tempo não deu e não tive como me aprofundar mais. Então, hoje, trago para vocês um pouco sobre o início de uma das fases do desenvolvimento humano: Adulto-jovem.



Existe uma fase que posso considerar que é uma “ponte que o nós atravessamos” da fase do adolescente-jovem para a fase adulta, a psicologia do desenvolvimento humano denomina essa “ponte transitória” como: A fase adulto-jovem. Posso dizer que, aqueles que se encontram na faixa etária entre 18 a 40 anos enquadram-se passando pela fase adulto-jovem e por que digo que se inicia aos 18? Bem, porque levo em conta que a lei em nossa sociedade defende que o jovem que completa 18 anos “teoricamente” já apresenta (ou já deveria apresentar) capacidades cognitivas, responsabilidade e autonomia podendo responder por suas escolhas e atos, tanto que ele já pode tirar carteira de habilitação, casar juridicamente, pagar pensão, cumprir pena de prisão, comprar e beber uma bebida alcoólica, essas e outras coisas justamente por enquadrar-se na maior idade de acordo com a lei.

Mas bem sabemos que nos dias atuais nem sempre uma pessoa que acaba de completar seus 18 anos, tem maturidade emocional e psicológica suficientes para fazer escolhas conscientemente e responsavelmente e ainda assumir logo de cara as consequências que são reflexos das suas escolhas e o que a lei obrigatoriamente lhe impõe.



Há um bom tempo atrás, a marca do adulto era a responsabilidade e quanto mais responsabilidades os adultos adquiriam e tinham, mais eram vistos como homens maduros e bem sucedidos, isso por que existia uma preocupação enorme em se constituir muito cedo uma família e conseguir logo uma estabilidade econômica para poder prover o sustento ideal para ela, a qualidade de vida era outra, havia alto índice de natalidade infantil e inevitavelmente o tempo de vida era menor, eles eram mais sérios e muitos nem tinham infância.

 Para Erik Erikson, psiquiatra e um dos teóricos da  Psicologia do desenvolvimento e que também desenvolveu a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia, uma das marcas do adulto é a capacidade do desenvolvimento do senso ético na resolução de problemas que é essencial para que possam passar por essa fase de forma sadia. Hoje, sabemos que esse tal senso ético demora muito mais tempo do que deveria para ser desenvolvido, marcando assim o indivíduo como de fato adulto, os contextos mudaram e o que se tornou mais emergente em nossa época é a imagem social, hoje, no que mais somos cobrados é em sermos bem instruídos intelectualmente, bem sucedidos nos esportes, no trabalho, estamos sempre ligados na moda, ter boa aparência física, ser “sarado”, e claro, saber aderir e utilizar às novas tecnologias que todos os dias o nosso mundo altamente capitalista nos impõe.

Em casos mais extremos, quando há a negação em aceitar essa nova fase, de que ele já não é mais um adolescente, esse jovem adulto continua a levar consigo os hábitos infantis e adolescentes, com dificuldades em aceitar um “não” seja do patrão, da namorada, do amigo, etc., eles comportam-se com verdadeiras “crianças mimadas”, muitos continuam até aderindo o figurino da fase infantil e/ou adolescente, não se importam com alimentação adequada, chupam dedo,   etc., tais características definem o que chamamos de “Síndrome do Peter Pan” ou “A adultescência” (O que danado é isso??? Cena para o próximo capítulo, rsrsrs. Explicarei melhor em um outro post).
Talvez essa nova emergência de exigência social e essa negação em aceitar tornar-se de fato adulto, explique o motivo de cada vez mais a maioria dos jovens adultos adiarem casamentos, quererem ter filhos mais tarde (embora acabe tendo antes por descuido e sem planejamento), prefiram continuar morando na casa dos pais a morar sozinho tendo que se virar para se sustentar atribuindo para si novas responsabilidades, não terem compromisso sério com ninguém com mais de um ano, darem prioridade à apenas estudarem e preferirem retardar um emprego.

É isso gente, espero que tenham gostado.

Beijos e até o próximo post!