8 de set. de 2014

A fase do desenvolvimento humano: Adulto-jovem

Hello pessoal!

Depois de um trabalho maravilhoso que eu e meu grupo apresentamos sobre o comportamento do adulto na década de 80 e as influências que eles sofreram nessa década, senti necessidade de falar um pouco mais sobre a fase do desenvolvimento humano: Adulto-jovem, justamente essa fase que tentei abordar ao mostrar um pequeno trecho do filme mais comentado no ano de 1985: Curtindo adoidado(super indico que revejam pois de tão conhecido não acredito que não tenham visto nas “telinhas”), porém, infelizmente o tempo não deu e não tive como me aprofundar mais. Então, hoje, trago para vocês um pouco sobre o início de uma das fases do desenvolvimento humano: Adulto-jovem.



Existe uma fase que posso considerar que é uma “ponte que o nós atravessamos” da fase do adolescente-jovem para a fase adulta, a psicologia do desenvolvimento humano denomina essa “ponte transitória” como: A fase adulto-jovem. Posso dizer que, aqueles que se encontram na faixa etária entre 18 a 40 anos enquadram-se passando pela fase adulto-jovem e por que digo que se inicia aos 18? Bem, porque levo em conta que a lei em nossa sociedade defende que o jovem que completa 18 anos “teoricamente” já apresenta (ou já deveria apresentar) capacidades cognitivas, responsabilidade e autonomia podendo responder por suas escolhas e atos, tanto que ele já pode tirar carteira de habilitação, casar juridicamente, pagar pensão, cumprir pena de prisão, comprar e beber uma bebida alcoólica, essas e outras coisas justamente por enquadrar-se na maior idade de acordo com a lei.

Mas bem sabemos que nos dias atuais nem sempre uma pessoa que acaba de completar seus 18 anos, tem maturidade emocional e psicológica suficientes para fazer escolhas conscientemente e responsavelmente e ainda assumir logo de cara as consequências que são reflexos das suas escolhas e o que a lei obrigatoriamente lhe impõe.



Há um bom tempo atrás, a marca do adulto era a responsabilidade e quanto mais responsabilidades os adultos adquiriam e tinham, mais eram vistos como homens maduros e bem sucedidos, isso por que existia uma preocupação enorme em se constituir muito cedo uma família e conseguir logo uma estabilidade econômica para poder prover o sustento ideal para ela, a qualidade de vida era outra, havia alto índice de natalidade infantil e inevitavelmente o tempo de vida era menor, eles eram mais sérios e muitos nem tinham infância.

 Para Erik Erikson, psiquiatra e um dos teóricos da  Psicologia do desenvolvimento e que também desenvolveu a Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia, uma das marcas do adulto é a capacidade do desenvolvimento do senso ético na resolução de problemas que é essencial para que possam passar por essa fase de forma sadia. Hoje, sabemos que esse tal senso ético demora muito mais tempo do que deveria para ser desenvolvido, marcando assim o indivíduo como de fato adulto, os contextos mudaram e o que se tornou mais emergente em nossa época é a imagem social, hoje, no que mais somos cobrados é em sermos bem instruídos intelectualmente, bem sucedidos nos esportes, no trabalho, estamos sempre ligados na moda, ter boa aparência física, ser “sarado”, e claro, saber aderir e utilizar às novas tecnologias que todos os dias o nosso mundo altamente capitalista nos impõe.

Em casos mais extremos, quando há a negação em aceitar essa nova fase, de que ele já não é mais um adolescente, esse jovem adulto continua a levar consigo os hábitos infantis e adolescentes, com dificuldades em aceitar um “não” seja do patrão, da namorada, do amigo, etc., eles comportam-se com verdadeiras “crianças mimadas”, muitos continuam até aderindo o figurino da fase infantil e/ou adolescente, não se importam com alimentação adequada, chupam dedo,   etc., tais características definem o que chamamos de “Síndrome do Peter Pan” ou “A adultescência” (O que danado é isso??? Cena para o próximo capítulo, rsrsrs. Explicarei melhor em um outro post).
Talvez essa nova emergência de exigência social e essa negação em aceitar tornar-se de fato adulto, explique o motivo de cada vez mais a maioria dos jovens adultos adiarem casamentos, quererem ter filhos mais tarde (embora acabe tendo antes por descuido e sem planejamento), prefiram continuar morando na casa dos pais a morar sozinho tendo que se virar para se sustentar atribuindo para si novas responsabilidades, não terem compromisso sério com ninguém com mais de um ano, darem prioridade à apenas estudarem e preferirem retardar um emprego.

É isso gente, espero que tenham gostado.

Beijos e até o próximo post!

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