Paternidade X Paternagem dentro do
filme
O filme foi baseado no livro para gestantes: O que
esperar quando você está esperando de autoria de Arlene Eisenberg, Heidi
Murkoff e Sandee Hathaway, que traz a realidade das gestantes no que diz
respeito aos primeiros sintomas da gravidez, dúvidas, medos do pré e pós-parto (puerpério),
dieta ideal a seguir etc. Abaixo destaquei minhas observações diante dos cenários:
Análise dos pais de fatores biológicos que exercem a paternagem, os apenas
biológicos e os que não são biológicos e não exercem a paternagem.
Lembrando que, para compreenderem melhor do que estarei falando é interessante que já tenham assistido ao filme, assim, ficará muito mais fácil a compreensão do que estarei trazendo ok?!
1. Análise dos pais de
fatores biológicos que exercem a paternagem
Levando em consideração que a
paternidade vem de propriedade biológica e qualquer homem fértil pode usufruir
da paternidade, observei no filme três casais dentro dessa esfera, que além de
serem biológicos faziam de fato “juz” ao papel de pai exercendo a paternagem de
modo incondicional.
1º Casal:
Ele dançarino, ela, dançarina e apresentadora, estavam saindo, porém não tinham
um compromisso sério e nem tão pouco desejavam serem pais, porém depois de
saberem que seriam pais, o futuro pai de cara aceita e deseja fazer parte da
gestação querendo também participar das decisões, porém é impedido pela mãe que
se acha totalmente independente, quer levar a gravidez sozinha achando-se dona
de si e do bebê, afinal, é a mulher quem vivencia as modificações em seu corpo
e sente o bebê crescer dentro de si, o que não justifica que por isso queira
tomar a decisão de tudo impedindo que o pai também participe dessa relação
díade mãe-bebê.
2º Casal: Dona de loja de artigos para bebê e autora de um
livro infantil, ela e o seu marido, desejavam muito serem pais e tentavam
engravidar à dois anos, apesar da mulher acabar tornando a tentativa de
engravidar um pouco forçada, o futuro pai o (bebê) desejava.
4º Casal: Eram ex colegas de escola, vendedor de sanduíches de
bacon e queijo e a vendedora de sanduíches de queijo e bacon, começam como
concorrentes e depois de uma aposta começam a sair juntos, com apenas uma saída
ela engravida e entra em pânico, pois não era o que queria, ele tenta se sair
da responsabilidade com medo, pergunta o que ela pretende fazer, mas apesar de
um início conturbado, eles decidem morar juntos e ele começa a gostar da idéia
de ser pai tirando até fotos toda semana para acompanhar o desenvolvimento do
bebê, começa a falar com o bebê afetando a mãe de forma positiva provando que o
vínculo paterno já estava sendo desenvolvido. Porém em uma noite ao dormir ela
sangra muito e ele, com muito cuidado e apreensivo a leva ao hospital e lá
descobrem que ela sofreu um aborto espontâneo, o sentimento de decepção, sofrimento
e culpa toma conta do ambiente e ela
decide não dar mais continuidade à relação já que ela achava que ele só estava
preso a ela porque soube que iria ser pai, no final, eles acabam tentando ficar
juntos de novo, agora, sem pressões.
2. Análise do pai
apenas de fator biológico
5º Casal: Piloto de carro de corrida e vencedor, casado com
uma bela mulher, dão a notícia ao filho (do casal 2) com muito entusiasmo, porém
demonstra uma péssima relação com o mesmo, seu filho mais velho, achando que dinheiro
compra tudo se ausentou do papel de pai durante toda a sua vida demonstrando
que a pesar de seu lado pai biológico, a paternagem não estava sendo exercida.
É nesse caso que vemos que os conflitos infantis conscientes e inconscientes
são postos a tona pelo filho que reclama que o pai sempre foi ausente e se
sente pressionado a sempre vencer em alguma coisa apenas porque o seu pai é o
melhor piloto de corrida.
3. Análise do pai que não é biológico
e não exerce a paternagem
Apenas um casal foi colocado no filme
com o "desejo" de serem pais adotivos. Trazendo à memória um exemplo que a meu
ver não se encaixa nem em paternagem e nem em paternidade, pois por parte do homem
fica visível a falta de comprometimento.
3º Casal: Ela, fotógrafa de aquários,
não conseguia ovular, tinha um dom de se relacionar com crianças e desejava
muito adotar um filho, entretanto seu marido, um administrador, não demonstrava
tanto entusiasmo desde a visita da agente em sua casa, ele apresenta traços de
preconceito ao dizer que só estavam na fila para adotar um bebê da Etiópia
porque não tinha mais nenhum bebê branco para ser adotado, isso me pareceu
insensível e um tanto preconceituoso, ela, porém, sempre entusiasmada, parece
que está muito mais jogada na proposta de ser mãe por adoção do que o pai, nele
não há paternidade e tão pouco a paternagem do começo ao fim sempre evidenciando
receio, indiferença, insegurança, medo da responsabilidade de ser pai
demonstrada principalmente quando por imposição da esposa decide participar de
um grupo de quatro pais que de fato exercem a paternidade e a paternagem de
forma bem concreta.
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