24 de jan. de 2015

PATERNIDADE X PATERNAGEM - RESENHA DO FILME: O QUE ESPERAR QUANDO VOCÊ ESTÁ ESPERANDO

Paternidade X Paternagem dentro do filme

O filme foi baseado no livro para gestantes: O que esperar quando você está esperando de autoria de Arlene Eisenberg, Heidi Murkoff e Sandee Hathaway, que traz a realidade das gestantes no que diz respeito aos primeiros sintomas da gravidez, dúvidas, medos do pré e pós-parto (puerpério), dieta ideal a seguir etc. Abaixo destaquei minhas observações diante dos cenários: Análise dos pais de fatores biológicos que exercem a paternagem, os apenas biológicos e os que não são biológicos e não exercem a paternagem.


Lembrando que, para compreenderem melhor do que estarei falando é interessante que já tenham assistido ao filme, assim, ficará muito mais fácil a compreensão do que estarei trazendo ok?!

1. Análise dos pais de fatores biológicos que exercem a paternagem

       Levando em consideração que a paternidade vem de propriedade biológica e qualquer homem fértil pode usufruir da paternidade, observei no filme três casais dentro dessa esfera, que além de serem biológicos faziam de fato “juz” ao papel de pai exercendo a paternagem de modo incondicional.

1º Casal: Ele dançarino, ela, dançarina e apresentadora, estavam saindo, porém não tinham um compromisso sério e nem tão pouco desejavam serem pais, porém depois de saberem que seriam pais, o futuro pai de cara aceita e deseja fazer parte da gestação querendo também participar das decisões, porém é impedido pela mãe que se acha totalmente independente, quer levar a gravidez sozinha achando-se dona de si e do bebê, afinal, é a mulher quem vivencia as modificações em seu corpo e sente o bebê crescer dentro de si, o que não justifica que por isso queira tomar a decisão de tudo impedindo que o pai também participe dessa relação díade mãe-bebê.

2º Casal: Dona de loja de artigos para bebê e autora de um livro infantil, ela e o seu marido, desejavam muito serem pais e tentavam engravidar à dois anos, apesar da mulher acabar tornando a tentativa de engravidar um pouco forçada, o futuro pai o (bebê) desejava.  

4º Casal: Eram ex colegas de escola, vendedor de sanduíches de bacon e queijo e a vendedora de sanduíches de queijo e bacon, começam como concorrentes e depois de uma aposta começam a sair juntos, com apenas uma saída ela engravida e entra em pânico, pois não era o que queria, ele tenta se sair da responsabilidade com medo, pergunta o que ela pretende fazer, mas apesar de um início conturbado, eles decidem morar juntos e ele começa a gostar da idéia de ser pai tirando até fotos toda semana para acompanhar o desenvolvimento do bebê, começa a falar com o bebê afetando a mãe de forma positiva provando que o vínculo paterno já estava sendo desenvolvido. Porém em uma noite ao dormir ela sangra muito e ele, com muito cuidado e apreensivo a leva ao hospital e lá descobrem que ela sofreu um aborto espontâneo, o sentimento de decepção, sofrimento e culpa  toma conta do ambiente e ela decide não dar mais continuidade à relação já que ela achava que ele só estava preso a ela porque soube que iria ser pai, no final, eles acabam tentando ficar juntos de novo, agora, sem pressões.
                                                                               


2. Análise do pai apenas de fator biológico

5º Casal: Piloto de carro de corrida e vencedor, casado com uma bela mulher, dão a notícia ao filho (do casal 2) com muito entusiasmo, porém demonstra uma péssima relação com o mesmo, seu filho mais velho, achando que dinheiro compra tudo se ausentou do papel de pai durante toda a sua vida demonstrando que a pesar de seu lado pai biológico, a paternagem não estava sendo exercida. É nesse caso que vemos que os conflitos infantis conscientes e inconscientes são postos a tona pelo filho que reclama que o pai sempre foi ausente e se sente pressionado a sempre vencer em alguma coisa apenas porque o seu pai é o melhor piloto de corrida.

3. Análise do pai que não é biológico e não exerce a paternagem

       Apenas um casal foi colocado no filme com o "desejo" de serem pais adotivos. Trazendo à memória um exemplo que a meu ver não se encaixa nem em paternagem e nem em paternidade, pois por parte do homem fica visível a falta de comprometimento.

3º Casal: Ela, fotógrafa de aquários, não conseguia ovular, tinha um dom de se relacionar com crianças e desejava muito adotar um filho, entretanto seu marido, um administrador, não demonstrava tanto entusiasmo desde a visita da agente em sua casa, ele apresenta traços de preconceito ao dizer que só estavam na fila para adotar um bebê da Etiópia porque não tinha mais nenhum bebê branco para ser adotado, isso me pareceu insensível e um tanto preconceituoso, ela, porém, sempre entusiasmada, parece que está muito mais jogada na proposta de ser mãe por adoção do que o pai, nele não há paternidade e tão pouco a paternagem do começo ao fim sempre evidenciando receio, indiferença, insegurança, medo da responsabilidade de ser pai demonstrada principalmente quando por imposição da esposa decide participar de um grupo de quatro pais que de fato exercem a paternidade e a paternagem de forma bem concreta.
                                                                                                                            


 Espero que tenham ajudado de uma forma prática a compreenderem o que envolvem de fato a paternidade e paternagem. 

Beijoos e até mais! ;)







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