Olá gente!!! Voltei e voltei para
ficar! Rsrs
Depois de tanto tempo sem
escrever devido a correria do dia a dia, volto hoje, trazendo para vocês informações
sobre uma síndrome ao qual seu termo não é muito conhecido, mas que vem sido
discutida há décadas! Tenho certeza que de cara alguns de vocês se
identificarão ou identificarão alguém devido seus sintomas serem bem comuns.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Isma-BR
(International Stress Managemet Association no Brasil) em 2010, cerca de 70%
dos profissionais brasileiros sofrem de estresse no trabalho. Um número
absurdamente alarmante não acham?
E tem mais, em proporção mundial,
o percentual de estresse num contexto geral, chega a atingir cerca de 90% da
população, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). E para piorar ainda
mais, o Brasil ocupou o segundo colocado dentre os oito países pesquisados pelo
instituto, perdendo apenas para o Japão.
*Gráfico gerado a partir da pesquisa realizada pelo Isma - BR
Dentre os motivos que levam os
brasileiros a ficarem estressados, a psicóloga e presidente do Isma-BR, Ana
Maria Rossi, aponta a pressão diária do trabalho, juntamente com o trânsito e,
este ano (2010), as eleições e o futuro político do Brasil.
Segundo o mesmo instituto, sua
pesquisa também constatou que cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem
do estágio mais avançado do estresse profissional, a Síndrome de Burnout.
Conceituando
Para entender melhor o assunto é
preciso compreender que a Síndrome de Burnout origina-se a partir do alto nível
de estresse ocupacional, por isso começarei falando um pouco desse estresse.
Embasadas em sendo comum, as
pessoas costumam usar a palavra “estresse” para associá-la por exemplo com um
dia corrido e cheio de atividades e resultados que tiveram que entregar no
trabalho, porém, isso não vai significar que ter tantas atividades e resultados
a entregar gere sinais de estresse ocupacional. É muito fácil falar de
estresse, porém, poucos sabem o que de fato ele é e o tamanho do mal que ele
pode acarretar quando em escalas elevadas.
A palavra "estresse"
tem origem na palavra inglesa "stress", que significa
"pressão", "tensão" ou "insistência". Estresse é
um estado em que ocorre um desgaste emocional da “máquina” humana e/ou
comprometimento da habilidade do indivíduo, basicamente decorrente de uma
incapacidade crônica do organismo de tolerar, superar, ou se adaptar às
exigências de natureza psicológica existentes em seu ambiente de vida (VIEIRA,
2001). Ou seja, o corpo é obrigado a reagir frente a um agente estressor
externo liberando hormônios para combater esse agente.
Um dos maiores males da atualidade é o
estresse, lidamos todos os dias com um ritmo frenético em nosso trabalho, com
um mercado competitivo, onde a busca por melhores resultados são
imprescindíveis.
O estresse ocupacional acaba surgindo de uma desigualdade entre as
demandas existentes no trabalho e a habilidade ou possibilidade do trabalhador
em enfrentá-las. As causas para o estresse no ambiente de trabalho podem ser
muitas:
- Inadequação do salário;
- Ambiente desagradável (barulhento, sujo, sem iluminação,...);
- Longas jornadas;
- Falta de autonomia;
- Conflitos com colegas e superiores;
- Monotonia;
- Insegurança;
- Má atribuição de responsabilidade;
- Gerenciamento inadequado;
- Falta de autonomia;
- A falta de prospecção de carreira, etc.
A Síndrome de Burnout origina do inglês “to burn out” que significa “queimar por completo”, é um estado de tensão emocional e
estresse crônico provocado por condições de trabalho muito desgastantes. O
próprio termo “burnout” demonstra que esse desgaste danifica aspectos físicos e
psicológicos da pessoa.
Também é chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional,
esse foi o termo empregado pela primeira vez em 1970 pelo psicanalista
nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo.
Atenção pessoal! A Síndrome de
Burnout pode atingir qualquer profissão, mas ela é mais evidenciada em profissionais
que lidam direto e intensamente com pessoas e influenciam suas vidas. É o caso
de pessoas das áreas de educação, assistência social, saúde, recursos humanos,
bombeiros, policiais, advogados e jornalistas.
Os 12 indicadores até a Síndrome
de Burnout!
Segundo os pesquisadores Herbert Freudenberger e Gail North, o esgotamento profissional não ocorre da noite para o dia, mas é
um processo gradual. Sendo assim eles dividiram o processo de esgotamento em
12 estágios (a ordem em que aparecem no texto não necessariamente é a ordem em
que se manifestam nas pessoas).
1. Necessidade de se
afirmar: No começo, verifica-se com frequência uma ambição exagerada. Ânsia por fazer as coisas, interesse
e desejo de se realizar na profissão transformam-se em obstinação e na compulsão por desempenho. É preciso provar
constantemente aos colegas – e, sobretudo, a sí mesmo – que faz o trabalho
muito bem e que é plenamente capaz.
3. Descaso com as próprias necessidades: Praticamente todo o tempo disponível é reservado para a vida profissional. Outras necessidades, como dormir, comer ou encontrar-se com amigos são descartadas como fúteis. Atividades de lazer perdem o sentido. A pessoa justifica para si mesma a renúncia como desempenho heroico.
4. Recalque de conflitos: Percebe-se que alguma coisa não vai bem, mas não se enfrenta o problema. Confrontá-lo pode deflagrar
uma crise e, por isso, o problema é visto como uma ameaça. Os primeiros problemas físicos começam a aparecer.
5. Reinterpretação dos valores: Isolamento, fuga dos conflitos e negação das próprias necessidades modificam a percepção. O que antes era importante, como amigos ou passatempo, sofre uma completa desvalorização. A única medida da própria relevância e da auto-estima é o trabalho. Tudo o mais é subordinado a esse objetivo. O embotamento emocional é visível.
6. Negação de problemas: O principal sintoma desta fase é a intolerância. Os outros são percebidos como incapazes, preguiçosos, exigentes demais ou indisciplinados. Predomina o sentimento de que os contatos sociais são quase insuportáveis. Cinismo e agressão tornam-se mais evidentes. Eventuais problemas são atribuídos exclusivamente à falta de tempo e à jornada de trabalho, e não à transformação pela qual se está passando.
7. Recolhimento: Os contatos sociais são reduzidos ao mínimo. Vive-se recolhido, com a crescente sensação de desesperança e desorientação. No trabalho, “faz-se estritamente o necessário”. Nesta fase, muitos recorrem ao álcool ou às drogas.
8. Mudanças evidentes de comportamento: Agora, é impossível para os outros não perceber a transformação pessoal. Os outrora tão dedicados e ativos revelam-se amedrontados, tímidos e apáticos. Atribuem a culpa ao mundo à sua volta. Interiormente sentem-se cada vez mais inúteis.
9. Despersonalização: Nesta fase, rompe-se o contato consigo próprio. Ninguém mais parece ter valor, nem o próprio afetado nem os outros, as necessidades pessoais deixam de ser percebidas. A perspectiva temporal restringe-se ao presente. A vida é rebaixada ao mero funcionamento mecânico.
10. Vazio interior: A sensação de vazio interior é cada vez mais forte e mais ampla. A fim de superá-la, procura-se nervosamente por atividades. Surgem reações excessivas, como intensificação da vida sexual, alimentação exagerada e consumo de álcool e drogas. Tempo livre é tempo vazio, entorpecido.
11. Depressão: Aqui, síndrome do esgotamento equivale a depressão. A pessoa se torna indiferente, desesperançada, exausta e não vê perspectivas. Todos os sintomas dos estados depressivos podem se manifestar, desde a agitação até a apatia. A vida perde o sentido.
12. Síndrome do esgotamento profissional: Este estágio corresponde ao total colapso físico e psíquico. Quase todos os afetados pensam em suicídio e não são poucos os que a ele recorrem. Pacientes neste estado constituem casos de emergência: precisam de ajuda médica e psicológica o mais rápido possível.
Tendo em vista os doze estágios listados acima cabe ao profissional avaliar com profunda sinceridade seu estado atual. Permanecer em um
estado de stress constante pode, além dos efeitos citados
anteriormente, inclusive comprometer seriamente a qualidade do trabalho e
seu rendimento. Apesar das exigências
modernas pela velocidade e produtividade é
necessário avaliar nossos limites físicos e psíquicos para que o trabalho ou a vida
profissional, acima de tudo, tenham qualidade, peça fundamental nas empresas
modernas.
**Em breve trarei mais sobre os sintomas da síndrome e seu tratamento.**
Espero que tenham gostado e que possam me fornecer feedback para que eu possa saber as postagens estão atendendo às expectativas de vocês e sugestões de temas para que eu possa trazer aqui no blog.
Beijos in Joy e até mais!! ;)
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